12.13.2011

Dirigentes Associativos Indignados com as Taxas Moderadoras



Dirigentes Associativos Indignados com as Taxas Moderadoras

A ADASCA de Aveiro, está a fazer a sua parte ainda que não dê nas vistas. O silêncio que se faz sentir não é novidade, pelo menos para mim, vou ter que me habituar a este estado de alma lusitana.
Acredito que existe no mundo da dádiva de sangue homens e mulheres determinados a não ficar resignados, porque as associações sem dadores deixam de ter razão de existir, tendo em conta que a nova direcção do IPS vai implementar medidas de contenção mais duras, por determinação do Ministro da Saúde.
Vão ser despedidos mais funcionários, além de administrativos, inclui médicos e enfermeiros. Aguardo para ver onde vai parar a onda de cortes, até parece que os dadores são os seus causadores.
Sou da opinião que os dirigentes associativos indignados com as medidas que vão entrar em vigor em Janeiro, forçando os dadores a pagar os valores das taxas moderadoras, devem reunir-se no Centro Regional de Sangue do Porto, os da zona Centro, no Centro Regional de Sangue de Coimbra, os do Sul em Lisboa ou noutros locais, afim de ser eleita uma Comissão de Dirigentes Indignados com as referidas medidas, sob pena de amanhã sermos nós acusados pelos dadores nossos associados de laxistas, acomodados, de crermos ficar bem na imagem ao lado de quem nos está a entalar, que não nos respeita.
Pela parte que me diz respeito, na qualidade de fundador e Presidente da Direcção da ADASCA estou disponível para promover uma reunião do género em Aveiro, ou deslocar-me ao Porto se os Colegas do norte assim o entenderem, tendo em conta que já ontem era tarde, não podemos ficar paraplégicos.
O Senhor Ministro da Saúde por imperativos morais deve ouvir os dirigentes das associações, os tais que trabalham todos os dias no terreno em prol da dádiva de sangue. Se quiser ouvir as lamentações das federações que o faça, mas, tenha em conta que nós os indignados não se revêm nestas federações, pelo que não devem falar em seu nome.
Em Aveiro, estou a ponderar a possibilidade de recomendar aos nossos associados a não pagarem as brutais e indignas taxas moderadoras que nos querem impor. O IPS tem vindo a somar lucros à nossa conta... por isso reclamamos o devido respeito, não só pelo nosso trabalho como pelos que acreditam em nós, e que de livre vontade fizeram questão de se associar a nossa associação.
Finalmente, sou um dos que não acredito na eficácia da famigerada Comissão Nacional para a Promoção da Dádiva, considero-a uma iniciativa infeliz, além de tendenciosa, com o passar do tempo vamos ver os frutos que vai dar. “Tudo se cala, sabes, até a nossa alma – ou então somos nós que não ouvimos” (Marguerite Yourcenar).

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Director da Revista Tribuna da ADASCA
(Jornalista)
Site: www.adasca.pt + geral@adasca.pt

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