11.03.2014

Zumbis – Qual a Origem de Sua Lenda?


Zumbis – Qual a Origem de Sua Lenda?





Com certeza você já deve ter ouvido falar em zumbis, afinal eles estiveram presentes em diversas produções cinematográficas desde o final dos anos 60, assustando e despertando a curiosidade das pessoas.

Mas você sabe de onde surgiu a lenda dos zumbis?

Os “verdadeiros” zumbis são bem diferentes dos da ficção. Em primeiro lugar eles não se tornaram zumbis pela acção de algum vírus como muitos filmes mostram, nem saem por aí atacando as pessoas e devorando seus cérebros ou carne, e muito menos contaminam outras pessoas através de mordidas.
Eles na verdade têm sua origem no vodu, um culto religioso praticado nas ilhas Antilhas, especialmente no Haiti.

Ele se baseia em rituais de possessão, tendo origem africana.
Acredita-se que o vodu seja capaz de fazer uma pessoa morta voltar à vida à procura de vingança contra pessoas que teriam lhe feito mal.
Conta-se que esses zumbis eram revividos por um sacerdote ou feiticeiro, conhecido como bokor.
Nessa região contam-se, inclusive histórias sobre trabalhadores controlados por um poderoso feiticeiro.
Outra forma de zumbi segundo a tradição do vodu da África Ocidental é o “astral zumbi”, que é uma parte da alma humana capturada por um feiticeiro para aumentar o poder do mesmo.
Dizem que esse “astral zumbi” é mantido dentro de uma garrafa, podendo ser vendida pelo feiticeiro a clientes para dar sorte ou sucesso financeiro.

Acredita-se que após um tempo essa alma será tomada de volta por Deus, sendo o zumbi uma entidade espiritual temporária.

Ainda conta a lenda que se alimentar o zumbi com sal, ele retorna ao seu túmulo.

Já algumas comunidades na África do Sul acreditam que uma pessoa morta pode ser transformada em zumbi por uma criança pequena e que essa magia só pode ser quebrada com um sangoma (espécie de feiticeiro que pratica medicina das ervas, adivinhação e aconselhamento) poderoso o suficiente.

Isso é só lenda ou tem alguma base real?

Acredita-se que haja certa realidade nessas lendas, pois houve dois casos de pesquisadores famosos que tiveram certa experiência com casos zumbi e afirmam ser verdade.
A primeira é Zora Neale Hurston, uma folclorista, antropóloga e escritora norte-americana que viajou em 1937 para estudar o folclore do Haiti.

Lá ela encontrou um caso muito curioso sobre uma suposta mulher zumbi que apareceu na aldeia, segundo sua família, ela era Felicia Felix-Mentor, que havia sido enterrada em 1907 aos 29 anos.

A folclorista alegou que os rumores começaram através do uso de uma poderosa droga psicoativa por parte das testemunhas do fato, mas ela não conseguiu localizar essas pessoas para obter mais informações.

Anos mais tarde, em 1982, Wade Davis, um etnobotânico de Harvard viajou para o Haiti para investigar casos de zumbis, apresentando um caso farmacológico de zumbis em dois livros: “A Serpente e o Arco-Íris” e “Passagem das Trevas”.
Segundo ele uma pessoa viva pode ser transformada em zumbi através de um ritual que consistia em injecções de substâncias específicas em sua corrente sanguínea, geralmente por uma ferida.

Em seus estudos ele alegou que essas substâncias eram tóxicas e naturais, sendo misturadas antes de serem passadas aos indivíduos, uma delas é a tetrodotoxina, uma poderosa neurotoxina encontrada no peixe baiacu e as outras são substâncias extraídas do sapo-bufo.

As pessoas que tomavam essa mistura apresentavam batimentos cardíacos e respiração quase imperceptíveis, pois foram suprimidos pela acção dessas substâncias, assemelhando-se ao estado de morte clínica.

Assim as pessoas eram enterradas como se estivessem mortas, inclusive era realizada uma cerimónia fúnebre para elas, após 8 horas para que não morressem por asfixia eram desenterradas e submetidas à segunda etapa do ritual.

Na segunda etapa era dada uma poção com drogas dissociativas, como a datura, que induziam essas pessoas a um estado de confusão mental e desconexão da realidade, destruindo todas as memórias recentes e a percepção temporal, fazendo com que elas estivessem inteiramente sujeiras às vontades do feiticeiro.

Essas drogas mantinham os zumbis em estados semipermanentes de delírio psicótico induzido.

Mas qual a intenção desse ritual?

Segundo Davis esses feiticeiros vendiam os zumbis como escravos para trabalharem em plantações de cana-de-açúcar.
Um dos primeiros casos de zumbi oficialmente registrados foi o de Clairvius Narcisse em 1962, sendo popularizado por Davis em seus livros.

Segundo o registro ele teria sido vendido a um dono de zumbis por seu irmão, que estava interessado nas terras de Clarvius que se recusara vendê-las.

Assim ele foi zumbificado e após a morte de seu dono, teria ficado vagando pela ilha por 16 anos em estado psicótico. Conta-se que em 1980 ele encontrou sua irmã que o reconheceu após ele ter contado histórias da infância.

Segundo ele havia "morrido" no hospital Schweitzer, de Deschapelles em 2 de maio de 1962. Ele disse que ficou totalmente paralisado durante a "morte" e recordava-se do médico cobrindo seu rosto, em seguida ele afirma ter ressuscitado e transformado em zumbi por um sacerdote vodu.

Segundo Davis esse processo de zumbificação fazia com que essas pessoas reconstruíssem sua identidade como a de um zumbi, acreditando que estariam mesmo mortos e não teriam outro papel a desempenhar na sociedade a não ser servir aos outros ou ficar vagando sem destino, geralmente e cemitérios, apresentando atitudes e emoções deprimidas.

Unindo-se a teoria de Davis, o psiquiatra escocês R.D. Laing acrescentou de que o início da esquizofrenia e outras doenças mentais poderiam ter sido responsáveis por alguns dos aspectos psicológicos da “zumbificação”.

Controvérsias

No entanto houve críticas controversas a ideia de Davis, dizendo que não seria possível que feiticeiros haitianos pudessem manter escravos zumbis em um estado de transe através de drogas por muitos anos.

Pois o sintoma por envenenamento por TTX gama pode de fato causar paralisia, inconsciência e até levar a pessoa à morte, no entanto não produz um transe de morte semelhante aos encontrados em zumbis.

E mesmo que haja outras drogas capazes de gerar esses efeitos o efeito é apenas temporário, segundo a neurologista Terence Hines, a avaliação de Davis não teve base científica e nem a comprovação destes casos, pois somente se baseou em relatórios dos zumbis haitianos, que podem não dizer bem a verdade.

Presume-se que esses casos sejam de pessoas que encomendam que feiticeiros fizessem isso à vítima, pois lhe queriam mal, como um ritual de magia negra.

Fontes - Wikipedia, Mundo Estranho, Assuntos Today

Comentários: alguém com uma inteligência acima da média, lembrou-se que estas imagens sinistras e horripilantes, eram ideais para promover umas campanhas de sensibilização para a dádiva de sangue, tendo contado para o efeito, com o apoio de uma entidade que devia à partida rejeitado tal proposta, por uma questão de respeito para com a dignidade dos dadores de sangue.
Mas como o respeito anda pelas ruas da amargura, já pouco se fala dele, aceitou tal proposta, porque o que interessava era o produto, e não tanto a imagens ou os meios a utilizar.
A campanha vergonhosa que decorreu numa loja no Fórum de Aveiro, indignou profundamente a ADASCA. Para surpresa das surpresas, ainda contou com o apoio de uma entidade que diz pugnar pela dignidade dos dadores. Pelos frutos se conhece a árvore, não tanto pela ramagem.


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