12.12.2014

Colheitas de sangue diminuiram 6%, instituto quer chamar mais jovens à dádiva

Colheitas de sangue diminuiram 6%, instituto quer chamar mais jovens à dádiva




O Instituto Português do Sangue revelou hoje que, a 31 de outubro, havia menos 6% de dadores inscritos do que no mesmo mês do ano anterior, e destacou a necessidade de angariar mais novos dadores, para precaver o futuro.

"Tivemos uma diminuição de 6% de colheitas efetivas, o que correspondeu a menos 10.527 colheitas", disse à Lusa o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade.

O responsável salientou, no entanto, que nesse mesmo período o país também gastou menos sangue, em grande parte porque as cirurgias são cada vez menos invasivas.

Assim, de acordo com os dados do IPST, o país consumiu por dia menos 104,8 unidades de sangue, tendo o instituto fornecido menos 30 unidades por dia.

A "Campanha 1.ª vez", hoje apresentada, é muito dirigida aos jovens, razão por que conta com a participação da cantora Luísa Sobral, e estará brevemente em 'spots' televisivos e de rádio. "O objetivo é chamar a atenção dos jovens, para compensar as perdas que temos tido. Não sentimos que perdemos a juventude, conseguimos manter, mas não é suficiente", afirmou Helder Trindade.

Em 2013 houve 26.760 dadores de primeira vez, que representaram 19% do total de dadores, acrescentou. "O problema é que não podemos pensar só no dia de hoje, porque o país está a envelhecer e a emigração, que não conseguimos travar, atinge as camadas mais jovens", explicou o presidente do IPST.


Esta é, por isso, uma campanha mais virada para o futuro e para a prevenção, até porque, além do envelhecimento da população e da emigração, "não há apetência à dádiva" por uma série de outros fatores, como "o preço dos transportes, as dificuldades das empresas e a situação social".

Postado por Joaquim Carlos

Comentários: os dirigentes associativos têm apelado com alguma insistência ao ministro da saúde no sentido que seja reposta a isenção das taxas moderadoras aos dadores de sangue, nos hospitais públicos, porque aos privados só lá vai quem pode, ou quem quer, ainda assim, estes não dispensam o nosso precioso líquido.

Quem é indiferente aos nossos apelos, é quem não nos respeita, quem nos trata como se fomos uns indesejáveis, para de seguida apontar-nos dedo acusador como está sucedendo mais uma vez.

Os hospitais privados e públicos devem milhões de euros ao IPST, e nós dadores quando necessitamos de nos deslocar a um hospital público, temos que pagar o que não devíamos, considerando que os dadores nem sequer dão prejuízo ao ministério da saúde, bem pelo contrário, contribuem mesmo para o sustento de milhares de profissionais, e consequentemente as suas famílias.

As somas de dinheiro que é gasto em publicidade nos meios de comunicação social, era evitado, julgo que existe noção disso. As pessoas ouvem ou lêem o conteúdo, mas, não prestam a menor atenção.

Sempre se procurou encontrar justificações mais ou menos credíveis para as ausências dos dadores nos locais de colheitas. Vão surgir mais... porque o que conta é justificar o injustificável.

Note-se que os dadores pagam para serem solidários, e esse principio não pode motivar as pessoas a “sacrificarem-se”, ainda que não se desliguem dos doentes necessitados.

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